Diabrotica speciosa (Germar) é importante praga na maioria das regiões produtoras de batata do sul do Brasil, danificando tanto a parte aérea quanto os tubérculos.
Os adultos são besouros com corpo oval, cor verde, com seis manchas amarelas nas asas, três em cada lado (Figura 14).
De hábitos diurnos, são particularmente abundantes nas estações quentes e chuvosas, as populações aumentando a partir de agosto e decrescendo após maio nas condições do sul do Brasil. Chegam às lavouras de batata em sucessivas migrações, a partir de áreas de milho, feijão, soja, fruteiras etc.
As populações mantém-se ativas durante todo o ano, sendo mais ou menos abundantes em função, principalmente, da disponibilidade de alimento e da temperatura e umidade. Assim, há várias gerações anuais, usualmente de seis a oito, desenvolvendo-se em um ou múltiplos hospedeiros.
A vaquinha é extremamente polífaga, ataca mais de 30 espécies, incluindo feijão, milho, abóbora, melancia, melão, pepino, tomate, frutíferas, entre outras. Possui atividade durante todo o ano, sendo que a quantidade dependerá da presença do hospedeiro e da temperatura.
O ciclo de vida é longo e depende do hospedeiro onde se desenvolve. Em batata, é de cerca de 40 dias na primavera e de 50 no outono. Várias gerações se desenvolvem anualmente, quer em um só hospedeiro como em múltiplos.
Os adultos atacam somente a folhagem, consumindo os folíolos. Ainda não se conhece o dano econômico que isto possa causar em cultivares de batata. Sabe-se, entretanto, que quando o ataque de adultos da vaquinha acontece no inicio do ciclo de desenvolvimento da batata a perda provável é pequena, quando acontece no meio do ciclo, pode haver redução na produção e, quando acontece na fase final do ciclo, não há influência alguma na produção.
As larvas são de corpo alongado, cor branca-creme, com pêlos, cabeça preta e têm uma placa preta na extremidade posterior. As larvas atacam e causam dano nos estolões e tubérculos da batata. Quando o ataque se dá na ponta do estolão, não há formação do tubérculo. Algumas cultivares, como a cultivar Macaca, emitem uma maior quantidade de estolões, que podem compensar a formação de tubérculos na planta.
Assim, nas lavouras de batata, o ciclo varia, usualmente, entre 40 a 50 dias, sendo, em condições normais, mais curto durante a safra primavera (verificam-se até duas gerações na safra) e mais longo durante a safra plantada ao final do verão ou no outono.
Há influência de culturas antecedentes ao plantio de batata, na incidência da praga. O alho, a cebola e o milho diminuíram a incidência, quando comparadas ao feijão, soja, batata e pousio..